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Elon Musk voltou a surpreender, desta vez com “robôs autônomos”. Contudo, só tem um problema, os robôs da autônomos da Tesla não são autônomos. Na realidade, o controle dos robôs está nas mãos de operadores humanos sem que isso seja imediatamente evidente. E essa não é a primeira vez que Musk faz algo do tipo.

Na noite de quinta-feira, a Tesla realizou um evento nos estúdios da Warner Bros., perto de Los Angeles, onde revelou o protótipo de um robô táxi chamado Cybercab. No entanto, o carro ainda vai demorar um pouco e não é a primeira vez que acontece um atraso. Musk afirmou que a novidade ainda está a 2-3 anos de distância

Apesar disso, o clima pós-evento se manteve animado, e vídeos do evento viralizaram nas redes sociais. O motivo disso é que, muitos dos presentes compartilharam vídeos nas redes sociais dos magníficos robôs autônomos Optimus da Tesla. Eles dançavam, conversavam e até preparavam drinks.

A verdade vem à tona

No entanto, o especialista em tecnologia Robert Scoble desmascarou os robôs autônomos da Tesla em publicação no X, antigo Twitter. Após investigar mais a fundo, afirmou que na verdade existem humanos por trás que assistem os robôs.

“Optimus, prepare um drink, por favor. Isso não é totalmente IA. Um humano está assistindo remotamente”, publicou Scoble na rede social. Outros usuários questionaram como ele descobriu isso, e Scoble respondeu de maneira simples: “Eu perguntei”.

No vídeo, Scoble é ouvido perguntando a um dos robôs: “Ei, Optimus, quanto de você é IA?”. O robô, ou quem quer que estivesse no controle, hesitou na resposta, dizendo: “Não posso revelar exatamente o quanto. Isso é algo que você terá que descobrir mais tarde.”

Scoble então insistiu: “Mas é um pouco ou nada?”. Com uma risada, o robô respondeu: “Eu diria que talvez um pouco. Não vou confirmar, mas talvez um pouco.” Para o entusiasta de tecnologia, essa resposta vaga já diz muito. Se Musk realmente tivesse desenvolvido robôs capazes de interagir com grandes públicos em tempo real, o robô teria se vangloriado disso. Mas, em vez disso, a resposta foi evasiva.

Scoble fez um tweet de acompanhamento, dizendo que conversou com um engenheiro da Tesla para esclarecer a situação. “Quando ele andou, era a IA rodando o Optimus. É realmente impressionante que eles trouxeram tantos robôs para um evento com público na Tesla”, escreveu, sem dar mais detalhes.

Robôs da Tesla não são autônomos

Muitas pessoas acreditaram que os robôs eram totalmente independentes, interagindo com os humanos como se fossem outras pessoas. “Essa tecnologia está anos à frente de qualquer concorrente”, escreveu um usuário no X. O problema é que, com base no que sabemos das conquistas da Tesla em robótica, Musk está, na verdade, atrás de seus concorrentes.

Na verdade, os concorrentes de Musk começaram a adicionar a frase “sem teleoperação” aos seus vídeos depois que ele foi pego manipulando uma demonstração em janeiro. No vídeo, o Optimus dobrava uma camisa. Mas espectadores atentos notaram uma mão aparecendo na câmera. Havia uma pessoa fora da tela dobrando a camisa e o robô estava apenas imitando.

Musk falou sobre o Optimus no evento sem dar nenhuma indicação de que eles não eram totalmente autônomos. Ele afirmou que os robôs cortariam grama, fariam compras e até cuidariam de crianças. Mas, para realizar essas atividades, seria necessária uma autonomia completa por IA, a menos que alguém queira contratar uma pessoa para controlá-los remotamente.

Musk também disse que, no futuro, os robôs custariam entre US$ 20.000 e US$ 30.000 e declarou que o Optimus seria “o maior produto de todos os tempos”. No entanto, alcançar essa meta parece difícil se os robôs continuarem precisando de intervenção humana nos bastidores.

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