Santander Brasil (SANB11) e Vale (VALE3) estrelam a primeira semana da temporada de balanços do segundo trimestre de 2024 entre as empresas listadas na B3.
Dentre as que compõem o Ibovespa, índice mais importante da bolsa brasileira, Carrefour Brasil (CRFB3), Hypera (HYPE3) e Usiminas (USIM5) também divulgarão na próxima semana seus desempenhos de abril a junho.
Empresa | Divulgação do balanço | Teleconferência com analistas |
Carrefour Brasil (CRFB3) |
22/7, após fechamento dos mercados | 23/7, 10h |
Santander Brasil (SANB11) |
24/7, antes da abertura dos mercados | 24/7, 10h |
Vale (VALE3) |
25/7, após fechamento dos mercados | 26/7 |
Hypera (HYPE3) |
25/7, após fechamento dos mercados | 26/7, 11h |
Usiminas (USIM5) |
26/7, antes da abertura dos mercados | 26/7, 12h |
Carrefour Brasil (CRFB3)
A XP prevê que a varejista reporte melhora dos resultados, com a aceleração do desempenho das vendas na base mesmas lojas do Atacadão.
A previsão da XP é de aumento de 5,7% da receita líquida ano a ano, a R$ 29 bilhões, e lucro de R$ 191 milhões, ante prejuízo um ano antes.
Santander Brasil (SANB11)
Segundo o Itaú BBA, o Santander deve dar sequência à evolução iniciada no trimestre anterior, com aceleração do crédito, controle da inadimplência e melhora da rentabilidade.
Além disso, analistas devem questionar o presidente-executivo do banco, Mario Leão, e sua equipe sobre o andamento da estratégia de dar maior foco em clientes com mais renda.
Assim, no primeiro trimestre o banco já apresentou ganhos de participação de mercado em áreas-chave como cartões de crédito, folha de pagamento, veículos e pequenas e médias empresas.
Com isso, os analistas do BBA esperam aumento de 45% do lucro do Santander em 2024.
Isso colocaria a empresa em direção a uma rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) de 17% até 2025.
“O Santander é agora nosso nome preferido entre os grandes bancos do Brasil”, afirmou o BBA em relatório.
Vale (VALE3)
O conjunto de dados operacionais de abril a junho, nesta semana, ajudou analistas a refinarem as estimativas para a mineradora.
A Vale teve alta de 8% nos embarques de minério de ferro, mas queda de 2% nos preços.
Enquanto isso, a empresa reafirmou sua previsão de produção para 2024.
De acordo com o Goldman Sachs, alguns investidores nacionais ainda estão na defensiva em relação ao investimento em VALE3.
Isso devido ao pessimismo em relação aos preços do minério de ferro, à preferência pelo cobre dentro do setor de metais e à espera por uma solução final em torno do acidente da Samarco.
Já o Itaú BBA prevê aumento de 16% do resultado operacional (Ebitda) ano a ano, com apoio das divisões de ferrosos e metais básicos.
Hypera (HYPE3)
Diferente das expectativas para o setor de saúde como um todo, Hypera deve divulgar resultados sem brilho no segundo trimestre, segundo o BTG Pactual.
Isso porque a companhia ter tido pequena queda nas vendas e na margem operacional.
Mais precisamente, o BTG prevê queda de 2% na receita líquida anual para R$ 2,18 bilhões, refletindo um mix de vendas desfavorável.
Além disso, o banco de investimento prevê Ebitda de R$ 753 milhões (-5% ano a ano), com margem Ebitda caindo um ponto percentual, a 34,5%.
Enquanto isso, para o lucro líquido da Hypera, a previsão do BTG é de R$ 488 milhões (queda anual de 3%).
Usiminas (USIM5)
O Itaú BBA projeta Ebitda de R$ 410 milhões (queda de 1% no trimestre), prejudicado principalmente por resultados mais fracos na divisão de aço.
Porém, os números em mineração deverão subir sequencialmente, ajudados por maiores preços.
O BTG Pactual afirmou que quer mais visibilidade para o segundo semestre antes de decidir se melhora suas perspectivas.
E o Bank of America prevê que a Usiminas acompanhe a tendência de resultados fracos para o setor de siderurgia no segundo trimestre.