Publicidade

As operadoras TIM (TIMS3) e Telefônica Brasil (VIVT3), dona da marca Vivo no país, são duas empresas conhecidas por distribuírem dividendos de forma consistente a acionistas. Somente nos primeiros seis meses de 2024, a Telefônica pagou mais de R$ 3 bilhões a acionistas. E agora em outubro, a TIM tem previsão para pagar R$ 724 milhões a investidores. Mas as empresas são do mesmo setor e, portanto, analistas geralmente optam por ter uma ou outra na carteira.

Em qual vale mais a pena investir pensando nos dividendos a serem pagos ainda em 2024, TIM (TIMS3) ou Telefônica (VIVT3)? Analistas do mercado financeiro escolheram uma queridinha para o ano.

O mercado financeiro como um todo está bastante otimista com o dividendo a ser pago por Telefônica Brasil (VIVT3) e TIM (TIMS3) no terceiro trimestre.

Dados da Anatel para agosto revelam crescimento do segmento de banda larga do trio das principais empresas do setor, que tem a Claro além da Telefônica e da TIM.

O Bank of America, por exemplo, recomenda a compra das duas ações com base na tese de crescimento de banda larga e planos pós pagos no Brasil. O banco considera o crescimento “subestimado” pelo mercado.

O otimismo também se traduz em uma visão positiva para o fluxo de caixa das empresas. O consenso do mercado é que a TIM chegue a um caixa de 19% do market cap, enquanto a Telefônica deve atingir 12,2%.

Pedro Moura, analista de equities da Reach Capital, aponta que os números são positivos porque as duas tem matriz estrangeiras. Os dividendos vem do caixa, então as operações da Telefônica na Espanha e da TIM na Itália pagam proventos como forma de rentabilizar a operação no Brasil.

Quem escolher: TIM (TIMS3) ou Telefônica (VIVT3)?

A Telefônica Brasil tem a seu favor a decisão da Anatel de migrar a concessão de telefonia fixa da operadora em São Paulo para o modelo de autorização. Assim, a Vivo seria obrigada apenas a manter a linha fixa obrigatória para um número mínimo de regiões.

De acordo com a XP, a alteração pode resultar em economia anual de R$ 1 bilhão para a companhia, assim como potencial de geração de R$ 6,5 bilhões em vendas de ativos, fiação ou terrenos.

“Olhando friamente, acredito que seja Telefônica que pague mais dividendos adiante, porque ela conseguiu autorização da Anatel e está muito otimista”, afirma Moura.

“A partir da migração para a autorização, ela pode realizar parte desses lucros e pagar dividendos com ganhos extraordinários.”

A Telefônica também pretende adotar uma política de dividendos de repasse de 100% do lucro líquido. Além disso, no início de agosto, a empresa recebeu aval do Banco Central para criar sua instituição de pagamento, o Vivo Pay.

Concorrente no duelo de dividendos, a TIM, por outro lado, deve ter um desempenho mais forte que a Vivo no segundo semestre. Esta é a conclusão de Alexandre Pletes, head de renda variável da Faz Capital.

“Em relação à projeção de maior fluxo de caixa, é principalmente pela cobertura”, afirma o analista. “A TIM foi muito bem na migração para o 5G, ela deve se sair melhor nesse pagamento de proventos.”

Quem tem vantagem na corrida de dividendos?

Entre Telefônica Brasil (VIVT3) e TIM (TIMS3, analistas dizem que a TIM, por enquanto, tem vantagem contra a rival no âmbito de dividendos no segundo semestre de 2024.

“Acho que quem deve pagar mais proventos é a TIM (TIMS3). Se fosse escolher nesse momento para uma carteira de dividendos, eu escolheria a operadora”, pondera Pletes.

Faz coro Gustavo Harada, chefe de renda variável da Blackbird Investimentos. “Quem deve pagar mais proventos no terceiro trimestre é a TIM”

O especialista apoia a análise na projeção de fluxo de caixa livre da operadora.

“Pode sim significar que a TIM pague um dividendo maior. O aumento dessa projeção indica que a empresa terá mais recursos disponíveis para repassar a acionistas, só que vai depender da política de dividendos da empresa, se vai permanecer constante ou terá ajuste para distribuir mais”, comenta.

A TIM também tem múltiplos mais atrativos na visão de Alexandre Siqueira, analista da Fractal Investimentos. O especialista compara as margens operacionais: a Telefônica tem margem Ebitda de 39%, enquanto na TIM ela chega a 50%.

Share.