Nubank (ROXO34) pode entrar na África? Entenda como países da região se encaixam no plano de crescimento do banco

África do Sul, Nigéria, Turquia. Esses podem ser alguns dos próximos destinos do Nubank (ROXO34). À medida que a fintech sinaliza o apetite por expansão para além de seus mercados atuais de Brasil, Colômbia e México, segundo o Goldman Sachs.

Então, de acordo com o relatório desta quinta-feira, esses países se encaixam no foco do Nubank em geografias que permitam grande escala. Em suma, de mercados com inclusão financeira baixa e alta concentração de mercado.

Para o Goldman, essas são alternativas melhores do que outros países da América Latina. Que não oferecem ganhos de escala.

Expansão global do Nubank

Nesse sentido, especulações sobre a entrada do Nubank em mais mercados vêm crescendo nos últimos meses, na esteira de sinalizações da própria companhia.

Em junho, o fundador e presidente-executivo do Nubank, David Vélez, comentou ver uma oportunidade para o banco nos Estados Unidos.

Enquanto isso, analistas começaram a esquadrinhar outros mercados que podem se encaixar na proposta do Nubank.

Assim, o Goldman analisou 138 países que se classificam, dentre outros, nos seguintes critérios:

• máximo de 50% da população detentora de cartão de pagamentos

• população adulta mínima de 30 milhões

• países de renda média ou baixa

• pontuação mínima de liberdade econômica

O próprio Goldman Sachs meses atrás já havia mencionado Indonésia, Filipinas, Índia, Vietnã, Tailândia como mercados potenciais para o banco brasileiro.

Crescimento acelerado

Criado no Brasil em 2013, o Nubank tem hoje mais de 90 milhões no país.

Depois, a partir de 2019, entrou no México e na Colômbia, nações onde o banco tem um total de cerca de 10 milhões de usuários.

Com isso, a abordagem da companhia para o Brasil vem sendo a de ampliar o relacionamento com clientes, para ampliar as receitas.

Lucro do Nubank

Dessa forma, a fintech vem acumulando lucros crescentes. A previsão do Itaú BBA é de que o lucro do banco digital no segundo trimestre, previsto para divulgação em 13 de agosto, deve subir 45% ante o intervalo de janeiro a março, para R$ 2,58 bilhões.

Além da expertise já desenvolvida em seus principais mercados, o Nubank também tem outra vantagem, aponta o relatório.

Por capitalização de mercado, o Nubank vale cerca de US$ 60 bilhões. O que representa cerca de 1/3 do valor combinado das 30 fintechs globais de uma lista seleta.

Assim, segundo o Goldman, isso dá ao banco digital brasileiro uma vantagem comparativa em termos de capital.