Os preços do minério de ferro voltaram a cair com força nesta segunda-feira (23), rompendo pela primeira vez a marca de US$ 90 por tonelada em quase dois anos.

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A oferta sazonalmente mais forte, em um momento de demanda enfraquecida pelos cortes sucessivos na produção de aço na China, também já deu início a uma rodada de revisão das estimativas de preço até o fim do ano.

Na semana passada, o Goldman Sachs cortou em 15% sua projeção para o preço do minério de ferro no quarto trimestre, de US$ 100 por tonelada anteriormente para US$ 85 por tonelada.

“Apesar da queda de cerca de 20% nos preços desde julho, a oferta global permanece robusta, com embarques diários de minério atualmente em níveis 2% acima dos vistos no mesmo período do ano passado”, escreveram em relatório os analistas Aurelia Waltham, Daan Struyven e Samantha Dart.

Segundo o banco, embora a Índia tenha reduzido exportações, sem uma recuperação mais forte da demanda, o que parece improvável, produtores mais pressionados por custos teriam de reduzir produção, em meio a estoques portuários acima da média histórica.

A leitura é a de que os preços do minério devem cair um pouco mais para que haja movimentos no sentido de reequilibrar o mercado.

No norte da China, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, a cotação do minério com teor de 62% de ferro caiu mais 2,2% nesta segunda-feira, para US$ 89,55 a tonelada, elevando a quase 11% a baixa acumulada em setembro.

Esse é o menor preço desde 10 de novembro de 2022 (US$ 88,15 a tonelada). Em 2024, a desvalorização é de 36,4%.

Com informações do Valor Econômico

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