O Santander Brasil (SANB11) abriu a temporada de balanços dos grandes bancos que operam no Brasil. O banco teve lucro líquido gerencial de R$ 3,332 bilhões no segundo trimestre de 2024.

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Então, o resultado mostra uma alta de 10,3% ante o trimestre imediatamente anterior. Assim como um avanço de 44,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O balanço do Santander Brasil, divulgado na manhã desta quarta-feira (24), trouxe lucro líquido levemente superior às projeções dos analistas. O JPMorgan indicava um lucro de R$ 3,3 bi, enquanto o Goldman Sachs estimava um lucro de R$ 3,1 bi.

Receitas de serviços

O Santander Brasil informou que suas receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias somaram R$ 5,182 bilhões no segundo trimestre. Uma alta de 6,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior e avanço de 17,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A principal linha de receita é de cartões, que subiu 7,2% na margem, chegando a R$ 1,328 bilhão.

Na sequência, receitas de conta corrente avançaram 4,2%, a R$ 887 milhões. E comissões de seguros aumentaram 4,3%, a R$ 992 milhões.

Despesas gerais

No âmbito das despesas gerais, o Santander Brasil registrou R$ 6,314 bilhões de abril a junho, com alta de 0,3% no trimestre e 4,6% em 12 meses.

Foram R$ 3,336 bilhões em gastos administrativos (alta de 3,0% no trimestre e avanço de 1,8% em 12 meses). Bem como R$ 2,979 bilhões em despesas com pessoal (queda de 2,6% no trimestre e avanço de 7,8% em 12 meses).

Além disso, o Santander terminou junho com 55.091 funcionários, uma queda de 119 empregados sobre março e 80 na comparação com junho de 2023. O número de pontos de atendimento ficou em 2.507, com queda de 81 no trimestre e 380 em 12 meses.

Já o índice de eficiência do banco – quanto menor, melhor – ficou em 39,3% no segundo trimestre, de 39,7% no primeiro e 43,1% no segundo trimestre do ano passado.

Inadimplência estável

Entre os destaques do balanço, o Santander Brasil encerrou o segundo trimestre com inadimplência de 3,2% na carteira de crédito, ante 3,2% em março e 3,3% em junho do ano anterior.

A taxa de calotes de pessoa física ficou em 4,2% no fim de junho, ante 4,3% em março e 4,8% no fim do segundo trimestre de 2023. No caso de pessoas jurídicas, o indicador estava em 1,6% no fim de junho, de 1,5% e 1,4%, na mesma base de comparação.

Conforme o banco, em PMEs o índice de inadimplência atingiu 4,7%, aumento de 0,3 pp no trimestre e de 0,5 pp em um ano. “Por efeitos pontuais da alteração do modelo de cobrança e estratégia de renegociação no início do ano. Já notamos normalização, evidenciada pela melhora no atraso de 15 a 90 dias”.

A inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) ficou em 3,5% em junho, de 3,8% em março e 4,2% em junho de 2023. Em PF, a inadimplência ficou em 4,9%, de 5,1% e 5,9%, na mesma base de comparação. E em PJ o indicador foi de 1,6%, de 2,0% e 1,8%, respectivamente.

O registro de empréstimos inadimplentes (NPL formation) ficou em R$ 6,313 bilhões no segundo trimestre. A relação entre o NPL formation e a carteira de crédito alcançou 1,20%, de 1,32% no primeiro trimestre e 1,70% no segundo trimestre de 2023.

O Santander informou ainda que sua carteira renegociada atingiu R$ 30,290 bilhões em junho, com recuo de 4,4% no trimestre e de 14,9% em doze meses.

Base de clientes cresce 6% no ano

Por último, o Santander Brasil informou que atingiu 67,2 milhões de clientes em junho, com alta trimestral de 2% e avanço anual de 6%.

Da base total, 31,9 milhões são clientes ativos, com alta de 3% no trimestre e estável em um ano. Já 9,1 milhões são clientes vinculados (aqueles que consomem seis ou mais produtos), expansão de 2% no trimestre e alta de 5% em um ano.

Segundo o banco, o NPS (métrica de satisfação) no segmento de pessoa física ficou em 61 pontos, com alta de 10 pontos em um ano. Em pessoa jurídica, o indicador é de 41 pontos, avanço de 8 pontos.

No segmento Select, de alta renda, o Santader atingiu 1,5 milhão de clientes. Nesse recorte, o NPS é de 70 pontos e a carteira de crédito chega a R$ 69,3 bilhões.

Com informações do Valor Econômico.

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