Os juros futuros encerraram a sessão desta terça-feira (15) em forte alta, pressionados pela desvalorização de mais de 1% do real em relação ao dólar.
Após um início de sessão em que as taxas caíam, o movimento de abertura da curva a termo se consolidou no começo da tarde, não só seguindo o câmbio local, mas também com alguma pressão do grande volume de NTN-B (títulos atrelados ao IPCA) ofertado pelo Tesouro Nacional em leilão.
Perto do fim do pregão, a curva de juros futuros se deteriorou ainda mais e as taxas renovaram as máximas intradiárias. De acordo com participantes do mercado, isso se deu em reação aos comentários da ministra do Planejamento, Simone Tebet, que falou com jornalistas a respeito dos planos de corte de gastos do governo, após reunião com o titular da Pasta da Fazenda, Fernando Haddad.
Ao fim da sessão, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 subiu de 12, 55%, do ajuste anterior, para 12,645%; a do DI de janeiro de 2027 foi de 12,665% a 12,775% e a do DI de janeiro de 2029 saltou de 12,635% para 12,77%.
A dinâmica dos juros futuros contrariou o recuo das taxas dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), que voltaram a operar após o feriado de “Columbus Day” nos Estados Unidos. O rendimento da T-note de 10 anos terminou o dia em queda de 4,105% a 4,037%.
*Com informações do Valor Econômico