“Todos os dados serão vazados”, diz Adriano Volpini, diretor de segurança corporativa do Itaú Unibanco (ITUB4). “Assuma que seus dados são praticamente públicos, dado o nível de vazamento”, acrescenta o executivo ao explicar a primeira afirmação. A fala ocorreu em evento realizado na manhã de quarta-feira (4) pelo banco em São Paulo.

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O encontro com jornalistas tratou também a respeito dos sistemas de segurança do banco e que estarão presentes no superapp do Itaú (ITUB4).

O aplicativo já está à disposição de uma parcela dos clientes da instituição financeira, mas ainda trata-se de uma etapa de testes e aprendizados, conforme indicou recentemente à Inteligência Financeira o diretor de relações com investidores e de inteligência de mercado do Itaú (ITUB4), Renato Lulia.

Assim, o banco vem trabalhando para que nenhum cliente, com o tempo, tenha mais o número no cartão. A ideia é a substituição por cartões virtuais, que podem ganhar números diferentes para cada uma das compras recorrentes dos usuários.

“Com a estratégia de um cartão virtual, expirou acabou (a possibilidade de uso)”, diz o executivo.

Mas ele reconhece que ainda há esforço pouco correspondido de levar o cliente a fazer tudo no virtual e não usar mais o cartão físico.

Itaú (ITUB4): mudança

Então, além de dados de cartão, o Itaú deixou de usar apenas informações cadastrais estáticas para confirmar a identidade dos seus clientes.

“Tudo aquilo que o cliente sabe de memória, ele vai passar pra alguém”, acrescenta Volpini.

Dessa forma, tokens com tempo rápido de vencimento e biometria são algumas das soluções mais utilizadas. “Dado que eu tenho dados vazados de mais de 230 milhões de pessoas, vivas e mortas, eu só posso confiar nos dados que eu tenho aqui e consigo proteger”, complementa.

Sistemas de segurança

Algumas novas funções de segurança do aplicativo do Itaú estão em teste com parte dos clientes.

Entre elas, vários bloqueios temporários de pequenas funcionalidades do cartão, como para compras online ou física, em caso de perda ou roubo do celular ou do cartão físico.

Além disso, há a troca de código (CVV) para o mesmo cartão virtual, com a mudança frequente desses números.

O aplicativo também passa a prever o uso de geolocalização para identificar casos de possíveis fraudes com maior precisão.

As novas funcionalidades estarão disponíveis até final de setembro para 100% dos clientes.

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