A diversificação é o mantra para quem quer investir com bons resultados. Aliado a isso, vem a busca por maior rentabilidade. Então, se você quer um retorno acima do CDI, por exemplo, já pensou em aplicar parte do seu dinheiro em investimentos de alto rendimento?
São os chamados ativos high yield. Mas claro que tudo tem o seu contraponto. Afinal de contas, investimentos de alto rendimento possuem risco elevado.
“Os ativos high yield têm se tornado uma alternativa cada vez mais procurada. Esse tipo de investimento, que pode incluir debêntures, recebíveis judiciais, precatórios e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), exige atenção e conhecimento”, afirma Marcos Barros, CEO do PeerBR.
Portanto, se você ficou interessado nos ativos high yield, então veja só as 6 dicas que Marcos Barros separou para você explorar esse mercado com segurança e eficiência:
1. Conheça seu perfil de investidor
Começamos, então, pelo básico: entender o seu perfil de investidor. Aliás, isso deve ser feito antes de você pensar em investimentos de alto rendimento.
“Esses produtos financeiros são recomendados para quem tem maior tolerância ao risco e busca retornos superiores aos tradicionais investimentos de renda fixa”, afirma Barros.
Ainda de acordo com o CEO, investidores conservadores, que preferem a estabilidade da renda fixa atrelada ao CDI, podem não se sentir confortáveis com a volatilidade e os riscos ligados aos ativos high yield.
“Esse tipo de ativo, portanto, é mais adequado para investidores que buscam retornos a longo prazo e têm capacidade financeira para lidar com a volatilidade”, esclarece o especialista. Ou seja, é indicado para o perfil arrojado.
2. Diversifique os tipos de investimentos de alto rendimento
Como dito no começo dessa matéria, a diversificação é o mantra do investimento. Afinal de contas, é uma das estratégias mais eficazes para reduzir os riscos.
E no caso dos ativos high yield, ou seja, dos investimentos de alto rendimento, Marcos Barros diz que uma boa estratégia pode ser distribuir o capital entre recebíveis judiciais, debêntures e CRIs. E assim, aproveitar os diferentes vencimentos e estruturas de risco.
“Recebíveis judiciais são uma opção interessante para quem busca ativos lastreados em decisões judiciais. Porém, é importante lembrar que esse tipo de investimento depende de processos que podem ter prazos longos e incertezas. Já os CRIs podem ser mais atraentes para quem quer aproveitar o mercado imobiliário e busca ativos que sejam isentos de Imposto de Renda”, afirma.
3. Avalie o risco de crédito
Como você já dever percebido, os ativos high yield têm como principal característica o risco de crédito. “Ou seja, a possibilidade de inadimplência por parte do emissor do ativo”, fala Barros.
Portanto, é bem importante avaliar a saúde financeira da empresa ou do emissor e a qualidade das garantias oferecidas.
“Por outro lado, a gente sabe que nem sempre é fácil entender sobre o risco de crédito ou ter acesso a informações claras sobre o emissor. Por isso, uma boa forma de reduzir os riscos é olhar com atenção para as garantias da operação. Portanto, recomenda-se optar por operações que apresentem garantias reais (imóveis, por exemplo) e que forneçam informações completas sobre a situação jurídica desses bens”, alerta o CEO.
4. Foque em prazos para adequar a sua estratégia com high yield
A data de vencimento desses títulos é mais um ponto relevante. Isso porque esses investimentos de alto rendimento costumam ter prazos mais longos. O que pode, claro, impactar na liquidez do investimento.
5. Prepare-se para a volatilidade dos ativos high yield
Um ponto de atenção ao optar por investimentos de alto rendimento está nas possíveis oscilações e até mesmo a ausência de liquidez em determinados momentos. Por isso, a recomendação é que esses ativos financeiros entrem como um produto a mais em sua carteira, e não sejam a totalidade do portfólio de investimentos.
Desse modo, a diversificação pode ser feita com investimentos high yield juntamente com produtos da renda fixa mais tradicionais e menos voláteis. Assim, é possível balancear o risco e garantir maior previsibilidade em parte da carteira.
Por outro lado, se você é do perfil arrojado, ou seja, com maior apetite ao risco, incluir investimentos como recebíveis judiciais ou debêntures podem ser altamente recompensadores.
Porém, é importante lembrar que retornos passados não garantem rendimentos futuros.
6. Escolha uma instituição confiável
Por último, chegamos a uma dica tão importante quanto as outras cinco. Afinal de contas, é fundamental avaliar a instituição que está oferecendo os ativos high yield assim como outros produtos.
Portanto, fique bastante alerta em relação às empresas que não são reguladas ou que não possuem registro na CVM ou no Banco Central. Isso porque, instituições reguladas e transparentes sempre irão fornecer todas as informações necessárias. O que inclui, inclusive, os riscos associados a cada ativo.
“Verificar se a empresa ou plataforma é regulada pela CVM e se segue as normas estabelecidas é um passo importante para proteger seu capital. Além disso, sempre leia a documentação detalhada de cada ativo e confira as análises jurídicas e financeiras apresentadas”, orienta Barros.
E se você quer saber mais sobre os ativos high yield, o que são, como funcionam, vantagens, desvantagens e como investir, é só conferir a nossa reportagem completa aqui.