Com a disparada recente dos juros, investidores têm migrado em massa para a renda fixa e, mais especificamente, para títulos atrelados à inflação. Mas, em nome da tão importante diversificação de portfólio, é preciso olhar para outros ativos para qualquer perfil ter na carteira de investimentos.
Pois bem, Katia Margareth, sócia da One Investimentos, opina que uma carteira de investimentos equilibrada deve conter o seguinte: reserva de emergência, proteção contra inflação, rentabilidade, diversificação, renda passiva e exposição internacional.
“Essa abordagem permite ajustes conforme as circunstâncias de mercado e os objetivos do investidor, garantindo flexibilidade e resultados consistentes”, diz ela.
Confira abaixo ativos que podem compor sua carteira neste momento.
Reserva de emergência na carteira de investimentos
Primeiramente, opina Katia, é preciso pensar em ativos para qualquer perfil de investidor que sejam seguros e possam ser resgatados rapidamente. Nesse segmento, Tesouro Selic e CDBs com liquidez diária são as principais opções.
“Um é considerado o ativo mais seguro do Brasil e não sofre oscilações de mercado significativas”, diz a especialista. “E o outro, quando emitido por instituição de grande porte e com proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), é uma alternativa”, completa ela.
Ativos de renda fixa
Em segundo lugar, começa uma busca por rentabilidade mais robusta ou outros tipos de benefícios, como isenção do Imposto de Renda. De acordo com Katia, as debêntures incentivadas são boas opções para o longo prazo.
Por outro lado, o consultor de investimentos Harion Camargo cita as igualmente isentas LCIs e LCAs. “Esses ativos são ideais para quem busca retornos consistentes, com baixo risco e objetivos de curto a médio prazo”, diz ele.
Além disso, fundos de renda fixa e de crédito também podem aparecer como opções de ativos para qualquer perfil de investidor ter na carteira.
Ativos de renda variável
Definitivamente a renda variável terá um espaço reduzido entre os ativos para qualquer perfil de investidor. Mas isso não impede que a classe seja explorada com um viés de prazos mais longos, diz Rubens Cittadin, da Manchester Investimentos.
Ele cita, por exemplo, os fundos imobiliários, que pagam mais que a rentabilidade do Tesouro IPCA+ em dividendos e estão com precificação descontada no momento. Isso vale, principalmente, para fundos de tijolo.
Da mesma forma, aponta que ações de grande capitalização e boas pagadoras de proventos também podem compor qualquer carteira. “Papéis como os da Vale são menos voláteis que os de empresas menores. E, no último ano, entregaram rentabilidade semelhante à das NTN-Bs por conta de dividendos”. salienta o especialista.
Ativos globais para ter na carteira de investimentos
Por fim, Katia, da One Investimentos, afirma que o investidor pode internacionalizar uma pequena parcela da sua carteira. Com isso, poderá se proteger em momentos de desvalorização do real e de outros ativos locais.
Não só os ETFs de títulos globais dariam ampla exposição à renda fixa de outros países para qualquer perfil de investidor ter na carteira. De acordo com a especialista, os fundos multimercado globais podem compor uma parcela mais dinâmica da carteira de investimentos, na medida em que estão em linha com os movimentos do mercado.