As chuvas no Rio Grande do Sul, que causaram toda a tragédia que estamos acompanhando, finalmente deram uma trégua durante as primeiras semanas do mês de junho. Porém, infelizmente o fenômeno climático voltou, o que coloca em alerta diversas cidades da região. Inclusive algumas empresas que tiveram grandes impactos com as chuvas. Como é o caso da Minupar (MNPR3), controladora da Minuano de Alimentos.
Diante disso, os investidores ficam atentos para saber como irão caminhar as ações da empresa. E mais, se é hora ou não de investir na companhia.
Chuvas no RS: qual é impacto para a Minupar (MNPR3)?
Diferentemente de algumas empresas, a Minupar (MNPR3) decidiu rapidamente comunicar o mercado sobre o efeito da tragédia no Rio Grande do Sul.
“No início de maio, a empresa divulgou que suas unidades industriais de Arroio do Meio e Lajeado tiveram impactos pelas enchentes. Além disso, a companhia também foi atingida pelos dados de infraestrutura ocorridos em toda a região”, conta Marcos Milan, professor da FIA Business School.
Faturamento da Minupar (MNPR3) pode ser comprometido
Já no fim do mês, no dia 31 de maio, a empresa trouxe mais um comunicado sobre as suas unidades. Em algumas dessas fábricas, o que afetou foi a falta de energia e internet, além das dificuldades de acesso. Já em outras, como a fábrica de embutidos, na qual todos os pavimentos ficaram submersos, os danos foram maiores e há previsão de retomada parcial da produção até o final deste trimestre.
“A Minupar (MNPR3) informa que a suspensão da produção em maio e junho de 2024 compromete o faturamento daquela unidade que perfaz, aproximadamente, R$ 14 milhões ao mês. O que é o equivalente a R$ 28 milhões ou 29% do faturamento bruto no primeiro trimestre de 2024”, afirma Eliz Sapucaia, CNPI e gestora de investimentos da Medici Asset, empresa do Grupo NanoCapital.
O que esperar das ações da MNPR3?
Diante de todos esses pontos, claro que fica a dúvida dos investidores sobre os papéis da empresa. E de acordo com Eliz, as ações da Minupar (MNPR3) devem apresentar maior volatilidade no curto prazo. “No entanto, no médio e longo prazos, é necessário analisar outros pontos para decidir se é ou não um bom investimento. Como por exemplo, o desempenho financeiro da companhia, entre outros fatores”, comenta.
Além disso, a especialista comenta que os eventos trágicos no Rio Grande do Sul são pontuais. “Por isso, não impactam no valuation da empresa no longo prazo”, afirma.
É hora de investir na Minupar (MNPR3)?
Já para Marcos Milan, em termos de recomendação, pode-se dizer que o momento é de cautela. “Uma vez que é difícil dizer que o momento de estabilidade chegou. Afinal de contas, houve danos importantes que atingiram de forma direta algumas unidades industriais da empresa. Portanto, o momento é de cautela. Seja para uma decisão de compra ou para uma decisão de venda de ativos”, pondera.