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Você conhece o CDB híbrido? Esse tipo de Certificado de Depósito Bancário é um título de renda fixa emitido por instituições financeiras que combina características de CDBs prefixados e pós-fixados. Por isso, portanto, o nome “híbrido”.

Como esse investimento é uma opção dentre outros CDBs, hoje a gente explica, em detalhes, o que é e como funciona o CDB híbrido.

E não paramos por aí, claro.

Trazemos também o retorno médio do ativo financeiro, além do perfil de investidor ao qual é indicado. Para finalizarmos, a gente apresenta um passo a passo de como investir no CDB híbrido.

O que é e como funciona o CDB híbrido

Então, começamos com o básico. O CDB híbrido, além de ser uma mescla do prefixado e do pós-fixado, tem sua rentabilidade composta por uma taxa de juros fixa (CDI) acrescida de um índice de referência. “Geralmente, a referência usada é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação no Brasil”, explica Marcos Piellusch, professor da FIA Business School.

Por exemplo, um CDB híbrido que oferece “IPCA + 4% ao ano”, proporcionará ao investidor um retorno anual equivalente à variação do IPCA no período mais 4%. “Essa estrutura assegura que o investimento mantenha seu poder de compra ao longo do tempo, protegendo-o da inflação. Ou seja, que ele tenha um retorno real positivo”, afirma o professor.

Diferenças entre outros CDBs

Desse modo, a principal distinção entre os Certificados de Depósito Bancário é que o CDB híbrido reúne componentes pré e pós fixados. “Portanto, os CDBs tradicionais negociados no mercado são prefixados (taxa determinada no momento do investimento) ou pós-fixados que pagam uma variação da taxa do CDI. Já o CDB híbrido, como o próprio nome diz, reúne os dois componentes de remuneração em um único título”, esclarece Rogerio Paulucci Mauad, professor de finanças da faculdade FIPECAFI.

Rendimento médio do CDB híbrido

Com certeza você já deve estar se questionando sobre o retorno financeiro desse investimento, correto?Pois então saiba que o rendimento médio de um CDB híbrido varia conforme a taxa prefixada oferecida pela instituição financeira e a variação do índice de inflação (IPCA) durante o período de investimento.

“Por exemplo, se o IPCA anual for de 3% e a taxa prefixada acordada for de 4% ao ano, o rendimento bruto anual seria de aproximadamente 7%. É importante notar que esse rendimento está sujeito à incidência de Imposto de Renda, conforme a tabela regressiva vigente”, pontua Piellusch.

Aliás, vale saber que o IR é descontado da seguinte forma:

  • Alíquota de 22,5%: aplicações de até 180 dias;
  • Alíquota de 20%: entre 181 e 360 dias;
  • Alíquota de 17,5%: entre 361 e 720 dias;
  • Alíquota de 15%: aplicações acima de 720 dias.

Vale saber, inclusive, que alguns bancos atualmente chegam a oferecer CDBs híbridos que rendem IPCA + 6% até IPCA + 7,9% ao ano. Mas claro que é necessário ver as condições de vencimento, liquidez e risco da instituição emissora. Afinal, esses fatores vão determinar a remuneração do produto.

CDB híbrido é melhor para qual perfil de investidor?

Então, conforme dito, esse tipo de Certificado de Depósito Bancário é adequado para investidores que buscam proteger seu capital contra a inflação e desejam obter um retorno real positivo.

“Por isso, é especialmente indicado para aqueles com objetivos de médio a longo prazo. Que desejam manter o poder de compra de seus recursos com o passar do tempo. Desse modo, investidores com perfil conservador ou moderado podem se beneficiar dessa modalidade. Isso desde que estejam cientes dos prazos de vencimento e das condições de liquidez do título”, argumenta o professor da FIA.

Como investir no CDB híbrido?

Bem, agora que você já está por dentro dos bastidores do CDB híbrido, inclusive se o produto é bom para o seu perfil, a gente te mostra como aplicar parte do seu patrimônio no ativo financeiro.

Veja abaixo, então, o passo a passo de como investir no CDB híbrido.

  1. Abra uma conta em uma corretora ou banco: obviamente tem que ser uma instituição que ofereça CDBs híbridos.
  2. Defina o objetivo do investimento: “é importante definir os objetivos, como proteção contra a inflação ou acúmulo de capital para médio e longo prazo”, aconselha Piellusch.
  3. Avalies opções de CDB Híbrido: de que forma? Comparando as taxas oferecidas e as condições dos CDBs disponíveis, incluindo prazo e garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
  4. Analise o perfil de risco: verifique se o CDB híbrido está alinhado ao seu perfil de risco. “Esse tipo de investimento é geralmente mais indicado para investidores conservadores ou moderados, conforme já dito”, afirma o professor.
  5. Aplique no CDB: utilizando a plataforma da corretora ou banco, escolha o CDB híbrido desejado e realize a aplicação. É importante confirmar todos os detalhes, como taxa de rentabilidade e prazo de vencimento.
  6. Acompanhe o investimento: é sempre importante monitorar o desempenho do CDB ao longo do tempo. E se necessário, ajuste a estratégia de acordo com as mudanças nos objetivos pessoais e nas condições de mercado.

Diversificação sempre!

E para finalizarmos, Marcos Piellusch ensina que é sempre essencial analisar as taxas oferecidas, compará-las com outros produtos financeiros, e considerar o momento econômico, como as condições da Selic e da inflação.

“Diversificar a carteira de investimentos, incluindo ativos de diferentes perfis de risco e características, é a melhor estratégia para alcançar segurança e rentabilidade”, conclui.

E se você quer ficar ainda mais por dentro do mundo dos CDBs, a Inteligência Financeira produziu um e-book completo sobre o tema. Eu, se fosse você, não ia deixar de ter esse material gratuito e repleto de informações.

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