Tem apenas R$ 1 mil e não sabe se vale a pena investir esse dinheiro? Pois saiba que o mais importante é começar, por menor que seja o valor. Só assim, com organização e planejamento, será possível transformar sua realidade financeira para construir um futuro mais estável. Mas, afinal, como investir R$ 1 mil e ter retorno rápido? Será que é possível? Confira a seguir.
Como investir R$ 1 mil e ter retorno rápido: diversificação é o caminho
Segundo Nayra Sombra, planejadora financeira CFP pela Planejar, embora muitos busquem retornos rápidos, é importante frisar que retorno rápido em investimentos não é realista e envolve riscos elevados.
Mas não precisa desanimar.
De acordo com a especialista, no cenário atual, com a Selic em 10,75% e tendência de alta, a renda fixa aparece como uma opção atraente, já que segue beneficiada pela alta dos juros.
Onde investir R$ 1 mil?
Tem R$ 1 mil para investir? A recomendação de Nayra é alocar esse valor dentro da própria renda fixa, sempre de olho na diversificação. “Produtos como Tesouro Selic, CDBs com liquidez diária e LCIs ou LCAs são boas opções, oferecendo segurança e rentabilidade interessante em prazos curtos”, afirma a planejadora financeira.
Ela pontua, entretanto, que, quanto maior o prazo do investimento, maior tende a ser a taxa e, consequentemente, o retorno. “Assim, para quem pode esperar um pouco mais, produtos com prazos mais longos oferecem taxas melhores”, explica Nayra.
De acordo com a especialista, caso você tenha R$ 1 mil disponível para investir mensalmente, a estratégia se expande. Nesse caso, afirma ela, a diversificação é ainda mais importante.
“Continuaria focando na renda fixa com a Selic alta. Porém, com aportes recorrentes, você pode explorar produtos como títulos atrelados à inflação e CDBs com prazos mais longos. Assim, aproveita as taxas mais altas oferecidas por investimentos de maior duração”, destaca Nayra.
Outra vantagem de investir mensalmente é a possibilidade de incorporar o conceito de juros compostos, segundo a especialista: assim, “os retornos gerados nos primeiros meses também passam a gerar rendimentos nos meses seguintes, acelerando o crescimento do patrimônio ao longo do tempo”.
E a renda variável?
Nayra acrescenta que, mesmo com a Selic em patamares elevados, pode ser interessante alocar uma pequena parcela do investimento em renda variável.
“Eu indicaria até 20% do valor total para investimentos de longo prazo em ações de empresas sólidas, boas pagadoras de dividendos, e em setores diversificados. Esses investimentos têm potencial de crescimento e podem proporcionar retornos interessantes ao longo do tempo”, reforça a planejadora financeira.
Além disso, diz ela, ETFs e fundos imobiliários (FIIs) são opções que trazem diversificação e exposição ao mercado de renda variável com um risco um pouco mais diluído.
“Contudo, é importante ressaltar que essa alocação é indicada para quem tem uma perspectiva de investimento superior a cinco anos, pois o mercado de renda variável pode ter oscilações no curto prazo”, alerta a planejadora financeira.