Na quarta-feira (18), o Banco Central brasileiro reajustou a taxa Selic em um aumento de 0,25 ponto percentual. Desse modo, a taxa foi de 10,50% para 10,75% ao ano.
E não foi só aqui que os juros entraram em destaque. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) fez o caminho contrário ao nosso. Isso porque houve um corte de 0,50 ponto percentual nos juros, ficando entre 4,75% e 5%.
Desse modo, a dúvida que fica é onde investir com a alta da Selic e a decisão de reduzir os juros pelo Fed?
Alta da Selic: investimentos em renda fixa seguem firmes
Então, para Alexandre Mathias, estrategista-chefe da corretora Monte Bravo, a renda fixa continua sendo uma ótima escolha para quem pensa em onde investir com a alta da Selic.
“Principalmente pela relação de risco e retorno em todas as modalidades de indexador. Ou seja, estamos falando de CDI, IPCA e Pré. Além disso, os ativos financeiros brasileiros devem se beneficiar do fluxo estrangeiro. Afinal de contas, tivemos um corte do Fed”, argumenta.
E aí, com esse cenário de aumento da Selic e baixa dos juros norte-americanos, Mathias acredita que é interessante o investidor diminuir a sua exposição aos ativos da renda variável e em prefixados. “Por outro lado, é legal aumentar os aportes em títulos indexados à inflação e pós-fixados”, diz.
Aliás, vale saber que mesmo com o risco fiscal elevado, manter a carteira diversificada é bastante importante. Ou seja, mesmo que o foco seja onde investir com a alta da Selic, a diversificação é o foco.
De acordo com o estrategista-chefe da Monte Bravo, a justificativa se dá, então, que ter investimentos diversos tende a proporcionar ganhos acima do CDI de 11,3% projetado para os próximos 12 meses.
A seguir, veja as sugestões de alocações da corretora que pretendem superar o CDI em até 5 pontos percentuais.
- Redução em renda variável e redução em prefixados, em especial nos mais curtos, face à alta da Selic;
- Aumento em títulos indexados à inflação, em especial nos termos médios e longos, pois a alta da Selic reduz o risco inflacionário da curva;
- Aumento em pós-fixados beneficiados pelo carrego melhor;
- Aumento em multimercados que tendem performar melhor no cenário base.
“A sugestão de alocação deste mês traz ajustes que refletem as mudanças recentes de preços e uma perspectiva de valorização clara, mas limitada pelas incertezas fiscais dos ativos sob o cenário base”, finaliza Alexandre Mathias.