Será que ainda dá tempo de aplicar seu dinheiro nos melhores investimentos para 2024? De acordo com os especialistas, a resposta é: sim! Então, vamos conhecer as oportunidades que eles apontam para fazer seu dinheiro render nos últimos meses deste ano.
Como aproveitar os melhores investimentos para 2024
Fábio Cabral, planejador financeiro CFP pela Planejar, acredita que o mercado oferece inúmeras opções boas de investimento o tempo todo. “O que vai ditar o melhor produto para aplicar deve ser o perfil do investidor e seu prazo de investimento”, alerta.
Juros altos ainda favorecem renda fixa
Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank, acredita ainda dá para investir muito bem em 2024. Na opinião do especialista, há um bom leque de opções. “A taxa de juros ainda está muito alta e deve continuar assim por mais tempo do que o esperado”, diz ele. Isso, claro, atrai dinheiro para renda fixa. “Você tem debêntures boas, você tem fundos FIP, fundos de infraestrutura também, com excelente retorno, com dividend yield e performance superiores à Selic”, afirma.
Ações baratas
Cabral ressalta que há grandes oportunidades no Brasil para investimentos de maior risco. “Um índice que pode confirmar isso é o preço da ação dividido pelo lucro líquido da empresa”, afirma.
O especialista detalha que o Brasil tem hoje um índice perto de 8x, enquanto a média histórica é mais perto de 12x. “Os EUA rodam hoje na casa de 25x”, afirma. “Isso significa que, em geral, as ações brasileiras estão baratas para se tornar sócio”, alerta. E o retorno, ele afirma, pode vir em dividendos e valorização das empresas.
Melhores fundos de investimento para 2024
Para quem quer aplicar em fundos de investimento, Virgílio Lage, especialista da Valor Investimentos, chama a atenção para aqueles focados em crédito privado de baixo risco. “Eles focam em rendas fixas, curva de taxa de juros e oportunidades”, ressalta.
Cabral segue o mesmo raciocínio e destaca que os fundos de renda fixa continuam sendo o porto seguro do investidor uma vez que a taxa de juros no Brasil tende a continuar em dois dígitos nos próximos meses. “Não só isso, a inflação brasileira está perto de 4,5%, o que permite um ganho real bastante satisfatória para um investimento conservador”, afirma.
Nesse grupo, ele acredita que os fundos de debêntures incentivadas sejam ótimas opções para o investidor pessoa física, especialmente por terem isenção de imposto de renda no resgate.
Mas vale ficar atento para o fato de os gestores oferecem um prazo para resgate próximo de 30 dias. “Ou seja, o investidor precisa aguardar 30 dias do pedido de resgate para obter o recurso”, alerta. “Ainda assim, se o investidor tiver uma carteira equilibrada para suas necessidades de curto prazo, esses fundos encaixam perfeitamente em qualquer perfil”, acredita.
Melhores investimentos de renda fixa
Na opinião de Lage, da Valor Investimentos, vale a pena ficar atento à Renda fixa IPCA+. “Porque estão com taxas atrativas, e bons retornos de médio e longo prazo, principalmente atrelados à inflação”, diz ele.
Para Cabral, os títulos bancários e não-bancários podem ser ótimas opções de investimento. “Com a dinâmica de crescimento do país, a possibilidade de uma recessão ou inadimplência de bancos e empresas é diminuído”, afirma. “Além disso, caso o investidor avalie investir em empresas de rating A+ se torna ainda mais seguro o investimento”, destaca. Além disso, claro, ele lembra que o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) garante até R$ 250 mil por CPF e por instituição (no limite de R$ 1 milhão) no caso dos títulos bancários.
“Sendo assim, além das famosas LCI e LCA isentas de Imposto de Renda, o investidor consegue buscar títulos como CRI, CRA e debêntures com ótimas ofertas de ganho”, destaca.
Quais são as melhores ações para investir em 2024?
Para Bresciani, do Andbank, vale a pena olhar grandes bancos e alguns menores que despontam. “Há, por exemplo, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Banco Inter e Nubank”, diz ele. “Esses estão dando retornos muito bons”, avalia.
O especialista ressalta ainda que a inadimplência está controlada e o crédito se expandiu. “Então, tudo indica que no terceiro trimestre o resultado ainda vai ser muito bom”, afirma.
Ele também destaca o setor de infraestrutura, com algumas empresas de saneamento, como Sabesp e Sanepar. “Temos ainda excelentes empresas de energia elétrica, que tiram retorno não só na performance, mas também no yield, como TRPL, Taesa, CPFL”, diz ele.
Ainda nesse setor, ele acredita que seja o caso de olhar para Santos Brasil, que, na sua opinião, está indo muito bem no ano, e para eco Rodovias, especialmente porque o movimento no porto está bastante elevado e os pedágios estão aumentando.
Quer mais? Empresas de commodities, segundo o especialista, estão com com yields muito atrativos. “Embora a China não esteja ajudando”, observa. “O yield da Vale está em 10%, quase 11%”, diz ele. “Há a Gerdau, também com um yield muito elevado”, afirma.
Entre as empresas de petróleo, ele destaca a Prio (PRIO3), que vem entregando crescimento de volume nos últimos anos.
Lage, da Valor Investimentos, também acredita que existam oportunidades em ações ações defensivas e pagadoras de dividendos, como elétricas, bancos e saneamento. “Ou ETFs de dividendos”, diz ele. “Taxas atrativas e empresas sólidas com bons lucros em médio e longo prazo, com certa proteção em riscos sistêmicos”, destaca.
Vale a pena investir em criptomoedas agora?
Na opinião de Lage, pode valer a pena investir se for em bitcoin e ETH. “São as duas mais sólidas, com melhores fundamentos e historicamente mais atrativas”, justifica.
Cabral, por sua vez, acredita que o investimento em criptomoedas, em especial o bitcoin, parte de uma teoria de longo prazo, em que esse ativo passará a integrar boa parte das reservas globais de moeda de valor.
“Tirando os traders e os investidores com olhar para o longo prazo, as criptomoedas continuam a trazer alta volatilidade na carteira do investidor, porém pode fazer sentido ter uma pequena parte da carteira nesses ativos e, principalmente, manter uma disciplina de pequenos aportes”, afirma. Ele sugere, no entanto, que o investidor busque assessoria e orientação para comprar o ativo.