A inflação mensal na Argentina atingiu um patamar de 4% em julho, uma desaceleração em relação ao resultado de junho, que foi de 4,6%, mas acima das expectativas do governo e do mercado, informou hoje o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
Enquanto isso, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no acumulado dos últimos 12 meses em julho foi de 263,4%. Em junho, a alta de preços na base anual tinha sido de 271,5%.
O Banco Central da Argentina previu em seu Levantamento de Expectativas de Mercado que a inflação no país iria subir 3,9% em julho e 3,8% em agosto. O relatório consultou 48 agentes que atuam na economia da Argentina.
Em dado divulgado na semana passada, a inflação na cidade de Buenos Aires subiu 5,1% em julho, puxada por aumento nos preços dos combustíveis. O dado é especialmente importante na Argentina porque a capital abriga cerca de 30% da população do país.
O ritmo atual da inflação preocupa o governo, em especial o ministro da Economia Luis Caputo, que em reunião com donos de redes de supermercados prometeu uma inflação de 1% em setembro.
Segundo o Indec, os setores que sofreram as maiores altas foram restaurantes e hotéis (6,5%) e bebidas alcoólicas e tabaco (6,1%) devido ao aumento no preço dos cigarros.
Em seguida, vieram habitação, água, eletricidade e outros combustíveis (6,0%) devido aos aumentos no aluguel da habitação e gastos relacionados, e no abastecimento de água.
Já os dois setores que registraram as menores variações em julho foram vestuário e calçados (1,6%) e transporte (2,6%).
Com informações do Valor Econômico