Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI) de setembro e o número de pedidos de seguro-desemprego da semana passada vieram acima do esperado pelo mercado.
Resultados sugerem o retorno da preocupação com a inflação enquanto o mercado de trabalho dá sinais de enfraquecimento.
Diante dos dados que apontam para direções opostas para CPI e seguro-desemprego, os rendimentos dos Treasuries e os futuros das bolsas de Nova York operam com maior volatilidade.
O CPI de setembro subiu 2,4% em setembro na base anual, acima do consenso de 2,3%, enquanto seu núcleo avançou 3,3%, ante consenso de 3,2%.
Já os pedidos de seguro-desemprego ficaram em 258 mil na semana encerrada em 5 de outubro.
O maior nível registrado este ano, ante um consenso de 230 mil.
Análise dos resultados
Paul Ashworth, economista-chefe para os EUA da Capital Economics, calcula que, pelo resultado do CPI de hoje, o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) de setembro ficará em 0,20%.
Assim, será um pouco mais forte do que o registrado nos dois meses anteriores, mas não alarmante.
“Consequentemente, seria consistente com os planos do Federal Reserve (Fed) para um corte de taxa mais comedido de 0,25 ponto percentual em novembro”, disse.
Ashworth disse também que a retomada da alta dos pedidos iniciais de seguro-desemprego para 258.000, de 225.000 na semana anterior, está presumivelmente ligada ao impacto do furacão Helene.
“Os pedidos subirão ainda mais nas próximas semanas, antes de finalmente diminuírem novamente”, disse.
Impacto dos resultados
Por volta das 10h, o rendimento da T-Note de 2 anos caía a 3,991%, de 4,030%, enquanto o yield do papel de 10 anos subia a 4,078%, de 4,069% no fechamento de ontem.
Já o retorno do título de 30 anos subia a 4,363%, de 4,343%. O índice DXY – que mede a relação entre o dólar e uma cesta de moedas – cai 0,15% a 102,78 pontos.
Finalmente, em Wall Street, os futuros do Dow Jones recuam 0,19%, do S&P 500 caem 0,29% e do Nasdaq perdem 0,41%.
Com informações do Valor Econômico