O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse hoje (19) que recebeu uma recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de retomar o horário de verão para reduzir o estresse energético gerado pela crise hídrica.
A recomendação foi aprovada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico na tarde desta quinta,.
Mas Silveira ressaltou que ainda quer avaliar outras medidas de resiliência antes de tomar a decisão.
“Não há risco de crise energética”, afirmou.
Segundo Silveira, em entrevista coletiva na sede do ONS no Rio, o horário de verão poderia gerar uma economia de R$ 400 milhões
Isso porque sua adoção evitaria o acionamento de mais geração térmica.
No entanto, a decisão deve ser tomada dentro dos próximos dez dias, disse o ministro.
“A decisão do horário de verão é do governo, mas quem fundamenta é o setor energético”, afirmou.
Assim, Silveira reforçou que precisa conversar com outras áreas antes de decidir.
“Mesmo que o horário de verão seja decretado antes das eleições municipais, ele não seria implementado antes do segundo turno.”
Segundo Silveira, o que dá tranquilidade é o fato de não haver risco energético. “Ainda não me convenci da necessidade de decretar o horário de verão.”
“Hoje temos o menor índice pluviométrico desde quando o Cemaden [Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais] iniciou as medidas, há 74 anos”, disse o ministro.
O ministro afirmou que, quando o horário de verão foi suspenso em 2019, não houve base científica para a decisão, o que gerou uma crise em 2021.
Com informações do Valor Econômico