O diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, rejeitou nesta quinta-feira (22) interpretações de que deu orientação para o mercado em relação à Selic em setembro.

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Durante evento da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o integrante do Comitê de Política Monetária (Copom) procurou se alinhar a declarações do presidente do BC, Roberto Campos Neto, na análise do atual cenário econômico do país.

“Eu gostaria de reafirmar todas as mensagens que eu passei nas falas anteriores: Não há qualquer modulação ou gradação nas minhas falas anteriores a este ciclo”, acrescentou.

“Quero discordar da interpretação de que minhas falas recentes colocariam o BC em um corner”, disse Galípolo na apresentação.

Na segunda-feira (19), ele dissera que toda a equipe de nove diretores do Copom está disposta a elevar a Selic se necessário.

Parte do mercado entendeu o comentário como sinal de que a Selic subirá já na sua próxima reunião, que acontece nos dias 17 e 18 de setembro próximos.

Assim, algumas instituições passaram a prever que a taxa básica, hoje em 10,5% ao ano, poderia ter altas nos próximos meses.

Nesta tarde, Galípolo frisou que a ata do Copom, documento oficial do BC sobre política monetária, já vem deixando claro que subir juros para conter a inflação, que está acima da meta.

A previsão do BC para o chamado horizonte relevante (18 meses) é de que a inflação medida pelo IPCA será de 3,2%.

Isso significa que o índice está acima da meta, de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto.

Segundo ele, porém, a ata já vinha sinalizando que todo o Copom estava disposta a agir para conter a inflação.

Ainda, ele reafirmou os comentários de Campos Neto, também desta semana, de que o BC espera mais dados econômicos antes de decidir.

Também nesta semana, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, disse que Galípolo está em alta para comandar a autoridade monetária em 2025.

Dessa forma, ele seria o sucessor de Campos Neto, cujo mandato vence em dezembro.

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