A digitalização e, sobretudo a inovação, vieram para ficar no ecossistema financeiro. As mudanças ocorrem em velocidade considerável e tanto grandes empresas do segmento quanto as menores se lançam numa disputa acelerada e sem volta. Assim, a fintech Noh dá um passo adiante nessa corrida ao lançar o Pix Inteligente.

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Trata-se de um recurso que permite transferências automáticas entre contas bancárias da mesma titularidade.

A Noh, por sua vez, é uma conta conjunta digital para casais que está há dois anos no mercado e ainda é pequena: tem 13 pessoas no negócio, quase R$ 100 milhões transacionados e conta com mais de 300 mil downloads do aplicativo nas plataformas digitais.

Pix Inteligente: como funciona

Dessa forma, a oferta do Pix Inteligente é possível por conta de inovações trazidas pelo Open Finance regulado. E também devido a parceria com a empesa Iniciador, por sua vez uma infratech justamente especializada em Open Finance.

O Pix Inteligente funciona assim na Noh.

Cada usuário da conta conjunta oferecida pela startup acessa essa função no aplicativo; em seguida escolhe o banco onde deseja trazer recursos automaticamente. Em seguida, autoriza o app que também conta com o serviço, processo que precisa ser feito apenas uma vez. Depois, basta abastecer o app da Noh sempre que precisar de recursos financeiros.

Mas por enquanto o recurso funciona apenas de fora para dentro. Ou seja, é possível transferir recursos do seu banco, por exemplo, para o app. Mas ainda não o contrário.

Assim, a inovação é oferecida em período de testes e funciona com Santander, Itaú, Nubank, entre outros parceiros.

Ana Zucato é uma das fundadoras da fintech. E ela conta à Inteligência Financeira que a ideia do negócio surgiu por conta de dois motivos distintos.

O primeiro segundo ela é que a conta conjunta não trazia inovações aos clientes desde 1940. E se baseava na premissa de submissão da mulher ao homem, normalmente o responsável pela conta corrente.

E também, justamente, pela possibilidade de agregar essa inovação permitida pelo Open Finance. Ana estudou administração na Fundação Getulio Vargas e conta ter experiência de 12 anos trabalhando em fintechs.

O modelo de negócio

Assim, o modelo de negócio por trás da Noh está centrado no pagamento de uma mensalidade de R$ 14.

Dessa forma, o app também permite investimentos e o negócio ganha dinheiro quando o cartão é usado e os boletos são pagos por meio da plataforma. “É ridiculamente barato”, conta Zucato.

O app ainda não atingiu o break even, mas tem boa margem de contribuição, acima da média de mercado segundo sua fundadora.

É um começo promissor, com mais de 300 mil downloads e um volume inicial transacionado importante.

Mas a corrida continua. E Zucato parece saber disso.

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