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Em meio à deterioração do cenário de crédito do setor do agronegócio, as emissões dos Fiagros (Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais) alcançaram R$ 521,1 milhões em setembro.

Esse é o segundo maior volume deste ano, informou assim nesta segunda-feira a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O mercado vem registrando vários casos de recuperação judicial entre empresas do agronegócio, mas o que mais chamou a atenção no ano foi o pedido de recuperação judicial da distribuidora de insumos Agrogalaxy, em setembro.

A empresa tem uma dívida superior a R$ 4,6 bilhões, e o pedido de RJ causou quedas de até 35% no valor das cotas dos Fiagros negociados na bolsa.

Dados da Serasa Experian mostram, no entanto, que 121 produtores rurais que atuam como pessoas jurídicas pediram recuperação judicial entre abril e junho.

Isso significa, finalmente, um crescimento de 40,6% frente ao trimestre anterior.

Só perdeu para emissões de julho

Segundo a Anbima, o montante de emissões de Fiagros em setembro só perde o registrado em julho, quando as emissões atingiram R$ 652,6 milhões.

No acumulado do ano, o total chega a R$ 3,1 bilhões. Os principais subscritores das ofertas foram as pessoas físicas (53,8%) e, depois, os fundos de investimento (29,4%).

Os Fiagros registraram no mês passado entrada líquida de R$ 80 milhões, alta de 58,1% em relação a agosto (R$ 50,6 milhões), o oitavo mês do ano com captação positiva.

O único período de 2024 em que os regastes superaram os aportes foi em julho, quando houve saída líquida de R$ 150,2 milhões.

Acumulado do ano

No acumulado de janeiro a setembro, os fundos do agronegócio totalizam captação líquida positiva de R$ 1,1 bilhão.

O patrimônio líquido atingiu R$ 40,5 bilhões, valor estável em comparação aos R$ 40,4 bilhões de agosto e os R$ 40 bilhões de julho.

A indústria de Fiagros tem atualmente 116 fundos e 865 mil contas.

Com informações do Valor Econômico

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