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O vice-presidente da Aegea, Alexandre Bianchini, afirmou, nesta quarta-feira (9), que o resultado das eleições municipais deste ano será considerado pela companhia antes de uma eventual oferta pública inicial de ações (IPOs, na sigla em inglês).

A empresa de saneamento é apontada pelo mercado como uma potencial candidata a testar o mercado de ofertas públicas de ações a partir de 2025, ano em que se espera que se chegue ao fim a “seca” de IPOs na B3. Segundo Bianchini, a possibilidade é analisada constantemente pela companhia.

“Existe uma janela e existem estudos para [saber] se a empresa vai aproveitar essa janela ou não, se isso vai de encontro ao momento que ela vai estar vivendo na hora que essa janela abrir. É uma análise que a gente faz constantemente para ver se é o momento exato ou não”, disse ele ao Valor, após participar do evento “Conexões que transformam: saneamento e sociedade”, no auditório no auditório da Águas do Rio, na zona portuária carioca.

Entre os fatores considerados pela empresa, o executivo destacou o resultado das eleições municipais deste ano. De acordo com Bianchini, o início de 2025 será fundamental para a análise devido à nova conjuntura dos executivos municipais.

“É sempre a questão de quanto o mercado vai se expandir e de quanto capital a gente vai precisar. A nova conjuntura das prefeituras vai definir muita coisa e o início do ano vai ser muito importante para isso. Vai definir qual o caminho que o Brasil vai tomar em relação ao mercado privado de saneamento. São os novos gestores que vão determinar de que forma eles vão agir, e aí, sim, poderemos nos posicionar e ver qual é a melhor estratégia para a busca de capital”, disse.

Reportagem do Valor mostrou que bancos de investimento vêm se reunindo com empresas de capital fechado e potenciais candidatas a testar o mercado a partir de 2025. A Aegea é apontada como um dos nomes que podem desbravar a retomada das operações, quando a janela para os IPOs reabrir.

Leilão da Sanepar

Depois de arrematar um dos lotes do leilão da Parceria Público-Privada da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), em consórcio com Pefin e Kinea, em setembro, a Agea agora volta os olhos para a região Nordeste.

“A gente tem muita preocupação com o Nordeste do Brasil, onde ainda não se atingiu a plenitude da prestação de serviço”, disse Bianchini, acrescentando que “dificilmente” haverá alguma rodada ainda este ano devido às eleições.

“Provavelmente, ano que vem devem acontecer algumas licitações em função do prazo [de universalização do serviço de águas e esgoto] em 2033, que está chegando. E com certeza o grupo Aegea vai participar porque o interesse é resolver o problema do saneamento no país”, afirmou.

*Com informações do Valor Econômico

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