O dólar à vista e os juros futuros vão às máximas na manhã desta sexta-feira, devolvendo parte do movimento de queda observado ao longo da semana. Com um possível aumento de risco no Brasil, o real se torna a pior moeda de uma cesta de 33 divisas, enquanto a curva de juros ganha inclinação por conta de uma alta mais forte na ponta longa.

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Perto das 10h50, o dólar comercial era negociado em alta de 1,08%, cotado a R$ 5,4829, depois de ter tocado a máxima de R$ 5,4854. Já o euro comercial avançava 1,13%, a R$ 6,1227. No exterior, o índice DXY tinha valorização de 0,19%, aos 100,810 pontos.

Os juros futuros aceleraram alta, em especial na ponta longa da curva a termo, o que indica aversão a risco por parte dos agentes financeiros antes da apresentação do relatório bimestral de receitas e despesas do governo. Segundo um operador, o mercado de juros também tem estado sensível desde as decisões do Copom e do Federal Reserve na última quarta-feira, e com isso os investidores têm zerado posições mesmo sem um gatilho claro para a dinâmica dos mercados hoje.

O movimento de “stop-loss” (contenção de perdas) no iene japonês devido à desvalorização da moeda hoje também poderia servir como gatilho para a piora dos mercados, diz um operador.

Neste contexto, por volta de 10h50, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento de janeiro de 2026 avançava de 12,045% do ajuste anterior para 12,165%; a do DI de janeiro de 2027 saltava de 12,015% a 12,195%; e a do DI de janeiro de 2029 aumentava de 12,09% a 12,290%.

Com a alta dos juros futuros, o Ibovespa recua, cedendo 0,62%, aos 132.292 pontos.

*Com informações do Valor Econômico

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