O Nubank (ROXO34) definiu como uma das suas principais prioridades para este ano a expansão no México. O banco afirma que a estratégia está dando certo e que, um ano após o lançamento da conta digital por lá, já chegou a 8 milhões de clientes e US$ 3,3 bilhões em depósitos.
Ou seja, isso é mais rápido que no Brasil, onde no mesmo intervalo a fintech tinha 7,7 milhões de clientes e menos de US$ 1 bilhão em depósitos.
Entretanto, isso não quer dizer que o começo tenha sido fácil. Pelo menos é o comentário da fundadora e diretor de crescimento do banco, Cristina Junqueira, em um podcast promovido pelo Nubank.
“Quando saímos do Brasil e fomos para o México, não tínhamos ideia do que iria acontecer. Na nossa cabeça, tinha uma parte que pensava: ‘será que algum outro país vai ser tão grande ou tão bem-sucedido quanto o Brasil?’ E quando comparamos (a operação no México) com o Brasil na mesma fase, vemos que o México está à frente, o que é surpreendente.”
Concorrente do Nubank no México
Então, a executiva apontou que o México tem o maior PIB per capita da América Latina, superando em mais de 30% o do Brasil. Mas com uma baixa inclusão financeira, o que o torna uma oportunidade significativa.
“Há muito espaço para crescimento por conta do baixo alcance dos serviços financeiros no México. Num país tão grande e até mais rico que o Brasil, enxergamos que, em determinados cenários, poderia ser (uma oportunidade) ainda maior do que vimos por aqui.”
Assim, ela aponta que no México o maior concorrente do Nubank é o dinheiro físico. Já que mais de 40% dos pagamentos no país ainda são feitos em espécie.
“Metade dos nossos clientes nunca teve um cartão de crédito. Então, há um trabalho forte de educação financeira em curso. Para que eles possam começar a usar os produtos de forma responsável”.
O investimento total do Nubank no México já superou US$ 1,4 bilhão.
No ano passado, entrou com o pedido formal junto ao regulador para obter uma licença bancária local. O CEO global, David Vélez, disse esta semana que a expectativa é que essa autorização seja liberada nos próximos meses.
Com informações do Valor Econômico