Os principais índices de Nova York operam no vermelho nesta quarta-feira, enquanto os agentes dividem suas atenções entre a geopolítica, com os ataques de mísseis do Irã contra Israel diminuindo o apetite ao risco, e os últimos dados de emprego dos Estados Unidos, que trouxeram algum alívio ao mercado.
Às 11h00 (de Brasília), o índice Dow Jones tinha queda de 0,05%, a 42.135,86 pontos; já o S&P 500 caía 0,11%, a 5.703,59 pontos; e o Nasdaq recuava 0,19%, a 17.877,04 pontos.
A maior preocupação dos investidores reside em qual será a reação de Israel aos ataques. Há um temor no mercado de que uma retaliação mais forte possa desencadear uma nova espiral de escalada das tensões na região.
Contudo, parte dos analistas espera uma resposta mais comedida, semelhante à do ataque do Irã em abril. “Em ambos os casos, houve relatos de que um ataque iraniano estava prestes a acontecer e, desta vez, Israel disse novamente que abateu a maioria dos mísseis e relatou poucas baixas”, pontua o Deutsche Bank, porém, fazendo ressalvas. “Houve algumas indicações de que os riscos de escalada poderiam ser maiores desta vez. O Pentágono disse que esse ataque usou cerca de duas vezes mais mísseis balísticos do que o de abril, enquanto os comentários iranianos foram mais ambíguos sobre se o ataque seria único”, completa.
Ao mesmo tempo, dados de emprego dos EUA melhores que o esperado trazem algum alívio para as bolsas, limitando as perdas.
O setor privado americano abriu 143 mil postos de trabalho em setembro, segundo pesquisa divulgada nesta manhã pela Automatic Data Processing (ADP) feita em conjunto com o Stanford Digital Economy Lab. O resultado ficou acima das expectativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam 128 mil novos empregos.
Entre as ações, papéis ligados ao setor de energia sobem, por conta da disparada dos preços do petróleo pelo segundo pregão consecutivo. A Occidental Petroleum e a ConocoPhillips sobem 0,88% e 1,53%, respectivamente. Em outros setores, as ações da Nike também são destaque, caindo 7,49%, depois da companhia retirar suas projeções para o ano fiscal de 2025 antes da mudança de CEO.
*Com informações do Valor Econômico