O Bank of America (BofA) elevou sua recomendação para as ações da Petrobras (PETR4) de neutra para compra. Assim como revisou para cima seu preço-alvo de R$ 42 para R$ 47.
Isso diante da expectativa de que a companhia continue com retornos de caixa atrativos neste ano, mesmo considerando fusões e aquisições. O banco também elevou seu preço-alvo para recibos de ações (ADRs) de US$ 16,80 para US$ 17,90.
Por volta de 12h30, as ações preferenciais da Petrobras subiam 1,05% na B3, cotadas a R$ 37,48, e os ADRs subiam 1,06%, cotados a US$ 14,36, na Bolsa de Nova York.
Ganhos atrativos
Os analistas Caio Ribeiro, Leonardo Marcondes e Mariana leite escrevem, em relatório, que litígios fiscais envolvendo o Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) foram resolvidos em condições muito favoráveis.
Enquanto que a política de preços de combustíveis da empresa foi mantida, acalmando preocupações sobre governança corporativa, preços de combustíveis e dividendos.
Além disso, mensagens fortes foram transmitidas pelo governo e pela Petrobras em apoio à exploração da perspectiva da Margem Equatorial, dizem os analistas.
Segundo eles, mesmo em cenários que considerem movimentos de aquisições, provavelmente na refinaria de Mataripe (BA), antiga Landulpho Alves (Rlam), os retornos em caixa da Petrobras ainda seriam atrativos no curto prazo.
Pagamento de dividendos
Eles afirmam que o fluxo de caixa do acionista deve atingir US$ 20,9 bilhões em 2024, com retorno de 23% e US$ 13,3 bilhões em 2025, com retorno de 15%. Também atribuem probabilidade alta de que os R$ 22 bilhões restantes na reserva de remuneração de capital sejam pagos como dividendos ainda este ano.
É pouco provável, dizem, que o investimento aumente significativamente ante os níveis do último plano estratégico da empresa. Pois existem muitos departamentos que avaliam se novos projetos superam os obstáculos de rentabilidade antes de obterem decisões finais de investimento.
A estrutura para investimentos e aquisições também envolve aprovação do comitê técnico estatutário de investimentos e desinvestimentos. Esse composto por 12 gestores executivos, de diversas áreas da Petrobras, que são responsáveis fiduciariamente por seus pareceres, concluem os analistas.
Com informações do Valor Econômico