Banco do Brasil, Caixa e BNDES se aliaram ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para lançar um fundo negociado em bolsa (ETF) que levantará recursos para investir em projetos sustentáveis na Amazônia.

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A iniciativa foi anunciada hoje e o objetivo é arrecadar entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões e fazer com que o ETF seja listado na B3 até a COP 30, em novembro do ano que vem.

O BID dará apoio técnico aos bancos e a expectativa é que o fundo replique um índice de referência ainda a ser criado. Também será definida uma taxonomia e todo um arcabouço de regras para garantir que os recursos de fato estão fluindo para projetos sustentáveis.

“Todo mundo se pergunta o que pode fazer para ajudar a Amazônia. Agora todo mundo poderá contribuir com um pedaço dessa preservação”, comentou Ilan Goldfajn, presidente do BID, em anúncio feito às margens da reunião de ministro de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20.

Segundo ele, a questão da mudança climática é urgente e não é possível fazer tudo só com recursos públicos. Nesse sentido, o novo ETF ajudará a atrair dinheiro privado. “Vamos criar as condições para todo mundo ter certeza que está comprando um pedacinho da Amazônia, do futuro”.

O vice-presidente de Sustentabilidade do BB, José Ricardo Sasseron, afirmou que a instituição tem uma carteira de crédito sustentável de R$ 360 bilhões, dos quais R$ 55 bilhões estão na Amazônia Legal.

“O BB tem a Amazônia na veia. Esse ETF e outras captações são fundamentais, usamos esses recursos para investir em atividades que presevam a floresta e exploram seus produtos de maneira sustentável”.

O vice-presidente de Sustentabilidade da Caixa, Paulo Rodrigo, afirmou que o momento atual é extremamente importante. “Esse documento que assinamos hoje é um marco nessa jornada rumo ao desenvolvimento sustentável e inclusivo.

É um passo importante para a Amazônia, o Brasil e até o mundo, dado o papel da floresta no contexto ambiental global”. A diretoria de Pessoas, TI e Operações do BNDES, Helena Tenório, reforçou que as parcerias com Caixa e BB ajudam o banco a ter capilaridade para chegar nos pequenos produtores.

“Esse ETF democratiza o acesso, porque as pessoas podem investir a partir de R$ 100. E tem também a questão da transparência, todas as operações estão disponíveis diariamente.”

Com informações do Valor Econômico

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