O Banco Central Europeu (BCE) cortou sua taxa de depósito em 0,25 ponto percentual, de 3,50% para 3,25% ao ano, uma decisão amplamente esperada pelo mercado e marcando a terceira redução do ano, após um corte em junho e outro em setembro. A taxa de refinanciamento caiu de 3,65% para 3,40% e a de empréstimos de 3,90% para 3,65%.
“As informações recentes sobre a inflação mostram que o processo de desinflação está bem encaminhado. As perspectivas de inflação também foram afetadas por surpresas negativas recentes em indicadores de atividade econômica”, diz o BCE, em comunicado. “Enquanto isso, as condições de financiamento permanecem restritivas.”
Segundo banco, a inflação deve acelerar nos próximos meses, antes de voltar à meta de 2% ao longo do próximo ano. O BCE diz que a inflação continua alta, com os salários ainda subindo a um ritmo elevado e, ao mesmo tempo, as pressões sobre os custos laborais devem continuar a diminuir gradualmente, com os lucros amortecendo parcialmente seu impacto sobre a inflação.
Além disso, o BCE reiterou que está determinado a garantir que a inflação retorne à meta no médio prazo de maneira oportuna, e que manterá aos juros suficientemente restritivas pelo tempo necessário para alcançar esse objetivo.
O banco central também repetiu que “seguirá uma abordagem dependente de dados e reunião por reunião para determinar o nível e a duração apropriados da restrição”. O BCE “não está se comprometendo antecipadamente a um caminho específico de taxas.”
O BCE afirma ainda que está diminuindo o portfólio de ativos atrelados ao programa de compras emergenciais da pandemia em uma média de 7,5 bilhões de euros por mês, e pretende interromper os reinvestimentos sob o programa no final de 2024.
*Com informações do Valor Econômico