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As ações ordinárias da Cogna (COGN3) subiram quase 13% no pregão de terça-feira (8), na bolsa de valores. Assim, os ganhos vem após o Bradesco BBI elevar a recomendação do papel de neutra para compra. Ou seja, os analistas do BBI elegeram a ação como a nova preferida do banco no setor de educação. O preço-alvo da ação, porém, diminuiu de R$ 3 para R$ 2,40.

A Cogna disse que não tem conhecimento de qualquer evento específico e não divulgado que justifique as oscilações recentes envolvendo suas ações. A companhia respondeu ofício da B3 perguntando sobre o movimento de suas ações entre os dias 25 de setembro e 8 de outubro.

Segundo os analistas do Bradesco BBI, Marcio Osako e Valeria Parini, as empresas do setor de educação enfrentam riscos de curto prazo.

Os motivos são os juros elevados por mais tempo, maior regulação no ensino a distância e excesso de oferta de vagas em cursos de Medicina, cujas mensalidades são mais caras.

No entanto, os profissionais avaliam que a Cogna é uma das poucas empresas do setor de educação que conseguirá ter crescimento nos seus resultados.

O desempenho positivo de COGN3 se deve à diversificação de portfólio, além de as ações serem negociadas a múltiplos descontados.

Para quem é a ação COGN3?

Em entrevista à Inteligência Financeira, em maio deste ano, o presidente da Cogna, Roberto Valério, defendeu a estratégia de negócio. Ele afirmou, na ocasião (ver vídeo), que o preço da ação COGN3 não refletia o momento da empresa.

Valério defendeu a previsão de geração de caixa da empresa para 2024, após investimentos previstos para o ano, que será , segundo o executivo, de R$ 1 bilhão, vindo de um ano em que fez quase R$ 900 milhões.

“A empresa está saudável e com margens de lucro crescentes”, disse.

Sobre a diversificação, Valério afirmou que a Cogna é uma empresa que vende para estudantes, escolas e governos e tem crescido nas suas três unidades de negócios (Ensino Superior, Sistemas de Ensino e Vendas ao Governo).

Apesar disso, Valério reconhece que a ação da Cogna é para o investidor que tem fôlego de fundista, como são chamados os corredores de provas longas. “No longo prazo, vamos gerar muito valor”, diz.

Com informações do Valor Econômico.

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