Não existe uma conta exata para saber quanto rende R$ 1 mil em criptomoedas, pois se trata de uma classe de renda variável. Além disso, cada um dos ativos que compõem a categoria, como bitcoin, ethereum e vários outros, possui características próprias e, portanto, performances diferentes.
No entanto, é possível dizer que as criptomoedas têm crescido muito nos últimos anos, tanto em interesse por parte de todos os tipos de investidores, como em termos de desempenho. Por isso, estão cada vez mais presentes nas discussões de investimento e disponíveis para alocação.
Quanto rende R$ 1 mil em bitcoin por mês?
Marcello Cestari, especialista em fundos de criptoativos da Empiricus Gestão, reitera que não é possível cravar quanto rende R$ 1 mil em criptomoedas como o bitcoin por mês. Mas nota que é possível analisar o retorno mensal histórico do ativo para ajudar a ter uma base e tentar projetar como ele irá se comportar daqui para frente.
No caso específico das criptomoedas, o executivo afirma ainda que não é justo calcular essa variação desde que os ativos foram criados. “Eles passaram por fases de valorização explosiva, o que distorceria a média e tornaria a análise desproporcional, ainda que verdadeira”, diz.
Analisando os últimos cinco anos, “um período que já engloba fases de alta e baixa e proporciona uma média mais justa”, Cestari diz que o bitcoin rendeu em média 10,77% por mês. Ou seja, cada R$ 1 mil investidos em bitcoin rendeu em média R$ 107,70 em um mês.
Quanto rende R$ 1 mil em ethereum?
Nos últimos cinco anos, de acordo com o analista da Empiricus Gestão, cada R$ 1 mil investidos em ethereum rendeu em média 12,89% por mês. Ou seja, cada R$ 1 mil investidos em ethereum rendeu em média R$ 128,90 em um mês.
Cestari nota que não dá para cravar como ethereum, bitcoin e as demais criptomoedas irão se comportar no futuro. Isso porque existem muitos fatores que influenciam seus preços e muitos deles são imprevisíveis — seja por questões econômicas, regulatórias ou tecnológicas. Mas acredita se tratar de nova classe de ativos emergente e disruptiva, com potencial de valorização no longo prazo.
“Uma das melhores estratégias, especialmente para ativos voláteis como criptomoedas, é o aporte mensal com objetivo de longo prazo. Ao fracionar seus aportes, você reduz o impacto da volatilidade e evita entrar em momentos de pico. Porém, como sempre, essa estratégia pode funcionar para alguns, mas não é garantia de sucesso. Cada investidor tem seu próprio perfil e deve avaliar o que faz sentido dentro de sua estratégia pessoal”, diz.
Quais as melhores criptomoedas para investir no momento?
A escolha de quais criptomoedas investir depende diretamente do perfil do investidor e dos seus objetivos, afirma Cestari, da Empiricus. Segundo o profissional, cada criptoativo apresenta um nível de risco diferente, influenciado pelo tamanho de mercado, nicho de atuação e fundamentos específicos. Mas cita nominalmente bitcoin, ethereum e solana como boas oportunidades.
“São os maiores projetos do setor, atraindo crescente interesse institucional. Isso pode ser observado pela criação de produtos financeiros atrelados a esses ativos, como ETFs à vista e fundos tokenizados que utilizam a infraestrutura de suas redes. Um exemplo é o fundo da BlackRock que está explorando a tokenização de ativos do mundo real na rede ethereum”, diz.
Além disso, o analista nota que há setores que se destacaram em termos de performance ao longo deste ano e que, por isso, estão sendo acompanhados de perto, como os segmentos de real world assets (RWA) e inteligência artificial (IA), ambos com grande potencial de crescimento.
Quadro comparativo: quanto rende R$ 1 mil em criptomoedas?
Abaixo, confira quadro comparativo e saiba quanto renderia R$ 1 mil se você tivesse investido em criptomoedas como bitcoin e ethereum. Além disso, compare os valores com o rendimento do CDI e do Ibovespa. “A simulação considera aportes mensais de R$ 1 mil durante cinco anos (totalizando R$ 60 mil) em CDI, Ibovespa, bitcoin e ethereum. Os dados utilizados para a simulação foram gerados com base em médias históricas aproximadas de rentabilidade para os ativos mencionados”, afirma Cestari.
Parâmetros utilizados na simulação:
- CDI: 0,4% ao mês (média aproximada histórica para o CDI);
- Ibovespa: 0,6% ao mês (média aproximada histórica para o índice Bovespa);
- Bitcoin: 10% ao mês (baseado na volatilidade e nas grandes variações de preço do bitcoin, especialmente nos últimos cinco anos);
- Ethereum: 12% ao mês (baseado na alta volatilidade e crescimento significativo de ethereum nos últimos anos);
- O período da simulação foi de 60 meses (cinco anos), contando de outubro de 2019 até setembro de 2024, com aportes mensais de R$ 1 mil.