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Em meio ao rali histórico de bitcoin, o Itaú Unibanco decidiu estender o serviço de compra e venda de criptomoedas a todos os clientes nesta terça-feira (3).

As operações estão restritas às duas principais moedas digitais do mercado, o bitcoin e o ethereum. Mas toda a negociação está concentrada no aplicativo do banco.

A funcionalidade aparece na seção ‘Produtos > Investimentos > Criptoativos‘. Segundo as instruções do aplicativo, o prazo para conclusão das operações de compra e venda de bitcoin e ether é de 10 minutos.

Para cada operação de compra há a cobrança de taxa de custódia de 2,5%. Não há taxas na venda das criptomoedas.

Itaú: Compra e venda de bitcoin e ethereum

Neste momento ainda não será possível transferir criptoativos diretamente de uma carteira externa para o Itaú. Da mesma forma que o banco ainda não permite transferir moedas digitais do Itaú para carteiras externas.

Assim, o cliente que comprar bitcoin ou ethereum pelo Itaú está com a ativo preso dentro do banco. Pode, no máximo, transitar entre as duas opções oferecidas e liquidar as posições, com o dinheiro retornando para a conta do cliente.

Guto Antunes, head da Itaú Digital Assets, reconhece que a experiência do investidor com o mercado cripto, neste momento, ainda não é completa.

A expectativa é fazer a integração com carteiras externas a partir do ano que vem. Mas isso, além de questões técnicas, depende da evolução regulatória do setor.

Recentemente, o Banco Central abriu consulta pública para regular a transferência e recebimento de cripto do exterior para o Brasil. A ideia é enquadrar as operações de câmbio com ativos digitais, que crescem sem regulação.

“Um dos pontos que a gente está estudando é exatamente esse aspecto, a evolução regulatória, para avançar em novas funcionalidade”, diz Antunes.

Da mesma forma, ele diz que o banco espera pela regulação de outras criptomoedas populares, como a USDT e a solana, para ampliar o portfólio de criptoativos.

Antes de abrir a oferta de compra e venda de bitcoin e ethereum para todos os clientes, o Itaú rodou testes dentro da plataforma de investimentos do banco, o Íon, e com funcionários.

Segundo Antunes, no último mês, em que o mercado cripto recebeu um impulso de rentabilidade com a vitória de Donald Trump, o número de clientes que negociaram cripto dentro do Itaú cresceu 30%.

“Foi acima da expectativa do que nós tínhamos aqui. O produto foi super bem aceito”, afirma o executivo.

O Itaú não revela o número absoluto de clientes que compraram e venderam criptomoedas em sua plataforma.

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