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O lançamento dos ETFs de ethereum é o assunto da vez no mercado de criptomoedas. Com sua data adiada pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), a expectativa é que aconteça em meados ou final de julho.

“O processo de aprovação do ETF do ethereum está avançando significativamente. No dia 23 de maio, os formulários 19b-4 receberam aprovação. Esses documentos regulatórios são emitidos à SEC, por organizações autorreguladoras, como bolsas de valores ou plataformas de negociação, para propor novas regras ou modificações. Com esta etapa concluída, a SEC não pode mais revertê-la”, explica Taiamã Demaman, líder de research da Coinext. 

O próximo marco crucial, segundo o especialista, é a aprovação do documento S-1, que são declarações de registro detalhando informações sobre a empresa e os valores mobiliários que ela pretende oferecer. “Este documento foi inicialmente negado no dia 29, exigindo uma revisão dos fundos de investimento. Importante ressaltar que não há uma data fixa para a aprovação do S-1. Cada negação pela SEC seguida de uma revisão pelo emissor, como BlackRock ou Hashdex, resulta em uma média de uma a duas semanas para nova análise e confirmação”. 

Quando os ETFs de Ethereum chegarão ao mercado? 

Taiamã explica que, paralelamente a essa revisão, o documento para listagem em bolsas, o formulário 8-A da VanEck, já está aprovado e preparado para listagem no dia 8 de julho. Porém, embora o ETF do ethereum tenha sido tecnicamente aprovado, Gary Gensler, presidente da SEC, sugeriu que o processo pode se estender até o final de setembro.

“Assim, resta apenas a finalização da aprovação do S-1 e, em paralelo, a implementação do 8-A a partir de 16 de julho. É notável que as emissoras estejam colaborando estreitamente com a SEC, um esforço sem precedentes nos 90 anos do órgão regulador americano, para facilitar a liberação do ETF”.  

O que é o ETF de Ethereum? 

Antes de tudo, é importante entender o que é um ETF. A sigla vem do inglês Exchange Traded Fund. Os ETFs, ou fundos de índice, são fundos que replicam o desempenho de índices, como Nasdaq e Ibovespa.

No caso dos ETFs de criptos, como ethereum e bitcoin, é possível investir nesses ativos sem de fato precisar comprá-los e armazená-los na carteira. Neste caso, os ETFs de ethereum são os chamados ETF spot ou à vista. Ou seja, esse tipo de fundo precisa necessariamente comprar e armazenar as criptomoedas dos clientes. 

De acordo com Taiamã, a recente aprovação do ETF do ethereum surpreendeu os mercados, impulsionando o preço do ativo para US$ 4 mil. “Esse movimento destacou uma mudança significativa nas relações de mercado. O ethereum começou a quebrar a dominância tradicional do bitcoin, levando analistas a iniciar uma revisão detalhada de suas análises gráficas. Além disso, observou-se uma forte relação entre o ethereum e outras altcoins, refletindo uma dinâmica de mercado cada vez mais interconectada”, explica. 

A demanda pela cripto também aumentou. “Quanto aos fundamentos do Ethereum, há uma notável demanda crescente na própria blockchain. Novas carteiras têm acumulado ETH de forma agressiva, independentemente das flutuações de preço. De fato, o número de novas carteiras que acumulam entre 10 e 100 mil ETH cresceu impressionantes 482%, saltando de 150 mil para 720 mil carteiras somente no mês de junho. Esse fenômeno indica um interesse crescente por parte de grandes instituições, sejam investidores individuais ou fundos de investimento, sinalizando um robusto apoio institucional ao Ethereum”, ressalta o especialista. 

O que esperar para os próximos meses? 

A princípio, Taiamã destaca uma volatilidade impulsionada por especulações com alta alavancagem que resultarão na liquidação de posições longas e curtas. “Graficamente, identificamos pontos de compra potenciais em U$ 2.264, U$ 2.609 e U$ 2.886, dependendo dos impactos de venda dos mais de U$ 10 bilhões sob gestão do Trust da Grayscale, que está em transição para se tornar um ETF, seguindo o precedente estabelecido pelo ETF de Bitcoin da empresa”, explica.  

O especialista destaca que, fundamentalmente, “uma tempestade perfeita” está se formando para o Ethereum. “Apesar de o ETF proposto não permitir o staking por parte de empresas ou clientes, sua eventual aprovação iniciará uma nova era financeira, onde os ETFs proporcionarão uma renda passiva em Ethereum para o investidor tradicional”. 

Vale a pena investir? 

Quando o assunto é criptomoedas, é sempre importante levar em consideração o perfil de cada investidor para a escolha dos ativos. “Nessa linha, investir em frações proporcionará ao investidor a tranquilidade de aplicar bem em um ativo sólido. Para investidores arrojados, o gerenciamento de risco e a compra nos pontos anteriormente mencionados oferecerão segurança tanto no curto quanto no longo prazo”, explica. 

Na visão de Taiamã, o ethereum é o maior laboratório descentralizado da história e conta com o maior contingente de desenvolvedores já registrado. “Portanto, é sempre uma boa hora para investir no Ethereum, desde que a alocação seja adequada ao seu portfólio”, afirma. 

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