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O ETF de bitcoin surgiu como uma alternativa para investidores que buscam exposição ao ativo digital sem precisar lidar diretamente com sua custódia ou com as complexidades técnicas de negociação. O primeiro deles foi lançado em 2021, no Brasil, marcando uma virada histórica no mercado de criptomoedas, ao permitir um investimento regulado e acessível.

Com uma capitalização de mercado que já ultrapassou a marca de bilhões de dólares, os ETFs de bitcoin vêm ganhando cada vez mais popularidade. O que começou como uma alternativa para investidores institucionais agora se expande para o varejo, sinalizando que a relação entre ativos digitais e mercados tradicionais só tende a se fortalecer. 

Uma história de sucesso no Brasil e exterior 

Marcello Cestari, especialista em fundos de criptoativos da Empiricus Gestão, explica que os ETFs de bitcoin à vista tiveram boa aceitação no mercado. “O ETF de bitcoin foi o maior case de sucesso na aprovação de um ETF nos Estados Unidos. No Brasil, já tínhamos esse tipo de fundo. Ou seja, nosso cenário já estava mais desenvolvido e regulado, com uma aprovação anterior.”

O ETF de ethereum, segundo o especialista, não teve o mesmo sucesso, mas isso já era esperado. “É natural que os primeiros esforços, liquidez e dinheiro sejam direcionados para o ETF da principal cripto, e só depois para as outras”, explica.  

Mas na visão de Cestari, uma coisa é certa: os ETFs de cripto trouxeram mais segurança para os investidores. Quem antes não se sentia seguro para investir, por medo ou dificuldade em abrir uma conta em uma exchange, agora tem acesso a produtos geridos por gestoras profissionais e com longa experiência no mercado. “Esses ETFs são negociados em bolsas reguladas e fiscalizadas pelos bancos centrais, o que traz mais segurança, credibilidade e acesso.”  

Até o CEO da maior gestora do mundo mudou de ideia

Larry Fink, CEO da BlackRock, destacou como o bitcoin vem ganhando cada vez mais espaço e legitimidade como investimento, chegando a compará-lo com commodities como o ouro. “Acreditamos que o bitcoin já é uma classe de ativo por si só”, afirmou o líder da maior gestora de ativos do mundo.

Ele também minimizou as preocupações com mudanças regulatórias, apostando que a maior aceitação e a liquidez do mercado vão impulsionar ainda mais o crescimento. O ETF de bitcoin da BlackRock, por exemplo, já acumulou US$ 23 bilhões em entradas, e Fink prevê que os ativos digitais continuarão a crescer.

Curiosamente, o executivo passou de crítico a investidor do bitcoin. Em julho deste ano, Fink admitiu que estava errado sobre suas opiniões anteriores. Em 2017, ele chegou a chamar o bitcoin de “índice de lavagem de dinheiro”. Agora, o cenário é outro. “Por muitos anos, Larry Fink foi um crítico do bitcoin, mas sua visão mudou principalmente após o sucesso do lançamento do ETF de BTC à vista nos EUA”, explica Cestari.

O que considerar antes de investir em ETF de bitcoin?

Não se pode negar que os ETFs de cripto foram bem aceitos pelo mercado. Antes de investir, no entanto, é importante considerar alguns pontos.

“O primeiro deles é comparar as taxas de administração. Existem várias gestoras que possuem o mesmo tipo de ETF. Às vezes, uma delas cobra uma taxa um pouco mais cara, mas oferece um serviço melhor. O segundo ponto é analisar a liquidez desse ETF. Quanto maior a liquidez, mais favorável é para investir, já que facilita a entrada e saída de posições”, ressalta Cestari.

Por fim, o especialista destaca a importância de investigar onde a custódia do ETF está sendo feita. “Buscar essa informação e entender onde a gestora faz a custódia do cripto é fundamental para garantir a segurança do investimento. Também é muito importante comparar a aderência dos ETFs em relação aos seus respectivos índices. Se você está comprando um ETF de bitcoin, quer que ele siga a rentabilidade do bitcoin, por exemplo.”

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