O bitcoin (BTC) opera em forte queda nesta sexta-feira (5) e soma quatro dias consecutivos de baixas em meio ao pagamento da corretora Mt. Gox de clientes que tiveram seus bitcoins roubados em um ataque hacker em 2014.
Hoje, a Mt. Gox anunciou que começou devolver as criptomoedas de seus usuários, levando o BTC, na mínima, a seu menor valor em cinco meses, aos US$ 53.883. A última vez em que a moeda digital valeu tão pouco foi em 26 de fevereiro, quando bateu US$ 50.925.
Com a queda de hoje, o bitcoin entra em território de bear market, pois recua 22,87% da sua máxima em dois meses, atingida no dia 7 de junho, aos US$ 71.956.
Perto das 10h34 (horário de Brasília) o bitcoin cai 2,6% em 24 horas, cotado a US$ 55.500 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, tem queda de 3,9% a US$ 2.968, conforme dados do CoinGecko.
O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 2,14 trilhões. Em reais, o bitcoin apresenta desvalorização de 1,32% a R$ 309.558, enquanto o ether recua 3,28% a R$ 16.524 de acordo com valores fornecidos pelo MB.
Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), a solana (SOL) tem alta de 1,3% a US$ 132,37, o BNB (token da Binance Smart Chain) despenca 4,3% a US$ 490,83 e a avalanche (AVAX) tem leve variação negativa 0,5% a US$ 24,89.
Beto Fernandes, analista da Foxbit, destaca que dados do Coinglass mostraram que, nas últimas 24 horas, foram liquidadas posições longas de Bitcoin no valor de quase $60 milhões.
“O par de negociação BTC/USD cruzou sua média móvel de 200 dias pela primeira vez em 10 meses, ressaltando que as vendas à vista têm sido o principal motor dessa tendência desde que a rejeição da tendência ocorreu em torno de US$ 63,8 mil”, afirma.
Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, diz que com base na análise gráfica, essa queda do bitcoin pode continuar até as faixas de preço de US$ 54.829 e US$ 51.290, sendo que nessas regiões de preço há uma grande liquidez a ser capturada, e portanto, servirão como pontos de suporte.
“Esta correção de preço é tecnicamente saudável, pois devemos considerar que, no gráfico mensal, o preço do ativo vinha trabalhando em uma alta sem tréguas – um movimento conhecido como spike de alta – sem retrações para correção do preço”, avalia.
Com informações do Valor Econômico